A paróquia é uma comunidade onde muitos colaboradores ajudam outros para que a vida e os serviços sejam uma experiência humana forte. A servi-la está uma equipa de sacerdotes e um diácono permanente. São ministros do Senhor, para O servir naquele amor que Ele tem por cada pessoa e O faz querer a cada um acolher como filho especial.
Uma primeira paróquia em Lisboa dedicada a santa Joana, Princesa, foi criada a 11 de Fevereiro de 1770 pelo Cardeal D. Fernando de Sousa e Silva. Em 1780 este mesmo Cardeal substituiu o Orago da Paróquia pelo “Coração de Jesus” como e onde atualmente continua a existir. Só muito mais tarde, em 25 de Março de 1959 foi criada a atual Paróquia de Santa Joana, Princesa em Lisboa. É importante recordar que esta Princesa de Portugal, filha de D. Afonso V e irmã de D. João II morreu em Aveiro, onde tem o seu túmulo, mas nasceu em Lisboa. Era imperioso que houvesse uma paróquia dedicada a esta nossa infanta - para nós, princesa – na cidade onde nasceu e foi batizada e viveu pelos menos 20 anos.
Os Condes de Almada, Dom Lourenço e Dona Helena, em ação de Graças por Portugal não ter entrado na 2ª Guerra Mundial e preocupados com a necessidade de haver uma Igreja para “benefício espiritual” das pessoas que ali viviam e das muitas outras que se pensava iriam viver, doaram ao Patriarcado de Lisboa um lote da sua quinta dos Lagares d’El Rei para a construção de uma Igreja dedicada a Santa Joana, Princesa. Foi pedido expresso dos doadores que se dedicasse a Igreja a Santa Joana, pois era grande a devoção da Família Almada por esta Santa portuguesa a quem a família, de algum modo estava ligada. D. Constança de Noronha, que foi Aia da Princesa, era a dona da quinta dos Lagares d’El Rei, oferecida por D. João I ao arcebispo de Braga D. Martinho Pires da Charneca, e, assim, pelo casamento com D. Fernando de Almada, 2º Conde de Avranches, a quinta passou a ser propriedade da família que ainda hoje é proprietária.
Em razão do crescimento da Cidade nos anos 1940-1950, houve um grande desenvolvimento urbano da Cidade que levou o Patriarcado a decidir uma remodelação paroquial de Lisboa e a criação de algumas novas paróquias a 25 de Março de 1959, entre elas a Paróquia de Santa Joana, Princesa. A sua área geográfica ficou limitada a norte pelo sul da Avenida Estados Unidos da América, a nascente pela Av. Gago Coutinho, a sul pela Av. Frei Miguel Contreiras e a ponte pelo lado oriental da Av. de Roma.
Pelas negociações havidas entre o Patriarcado de Lisboa, a Câmara Municipal, que, entretanto, tinha anexado parte da quinta para urbanizar, e a Família Almada foi possível localizar a área necessária à edificação de um Complexo Paroquial onde hoje se encontra a Igreja e as várias instalações destinadas a atividades pastorais, sociais e culturais.
Quando foi fundada a paróquia ficou provisoriamente anexa à paróquia de São João de Deus, e só a 25 de Março de 1974 se tornou autónoma por decreto do Senhor Cardeal patriarca D. António Ribeiro e com a nomeação como pároco do Ver. Padre Lereno Sebastião Dias. Contudo, por causa dos acontecimentos políticos desse ano o Padre Lereno acabou por ser nomeado pároco de São João de Brito mantendo-se pároco de Santa Joana. O que, na prática, implicava ser esta paróquia anexa da de São João de Brito.
Entretanto o padre Carlos Alberto de Sousa Ribeiro Guimarães, sacerdote do Patriarcado, e recentemente chegado a Lisboa depois de um tempo no Brasil, foi ajudar o Padre Lereno e por ele foi encarregue do cuidado pastoral desta paróquia. Juntamente com um grupo de leigos começou a organizar o que viria a ser o embrião das estruturas paroquiais. A missa dominical foi inicialmente celebrada na Escola primária Teixeira de Pascoaes e a missa diária na capela das irmãs de São José (hoje é das filhas de Nossa Senhora das Dores). Desde logo se começou a organizar a catequese e muitas actividades que visaram animar e evangelizar as pessoas que viviam nesta pequena parte da cidade. A 31 de Agosto de 1979 o Senhor Cardeal patriarca, D. António Ribeiro, nomeou o Padre Carlos Alberto pároco, onde ficou até à data da sua morte em 1998. Durante todos esses anos foi-se construindo a comunidade dos fiéis e aos poucos, juntando algum dinheiro e projetando o que viria a ser a Igreja de Santa Joana e as instalações da paróquia.
A bênção da primeira pedra da que viria a ser a construção da nova Igreja de santa Joana foi a 8 de Dezembro de 1980, mas a construção só viria, na realidade a começar em 1998. Com a morte do padre Carlos Alberto é nomeado como pároco o Excelentíssimo senhor Cónego João Rocha que irá levar por diante toda a construção da Igreja e das instalações anexas. O projeto da Igreja e das instalações anexas é entregue ao Arq. Diogo Pimentel, coadjuvado pelos arquitetos Rita. Numa área de 3.579 m2 cedida pela Câmara Municipal de Lisboa, depois de negociações que envolveram a família Almada doadora do terreno, foi contruído numa primeira fase um complexo com mais de 17.000 m2 de construção que inclui: o Parque de estacionamento, o Centro Cultural, as Capelas Mortuárias, o Centro Pastoral Paroquial e a Igreja e mais tarde um Lar destinado a pessoas de idade cuja gestão está entregue à santa Casa da Misericórdia por um período de 70 anos.
A Igreja Paroquial foi dedicada a 30 de Maio de 2002 pelo cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo. Desde a paróquia cresceu, mas sempre com o desafio de obras que, na realidade só terminaram com a construção do Lar em 2012.
Com a idade e já depois de ter deixado tudo pronto, o Cónego João Rocha em 2014 pede ao Senhor Patriarca para ser dispensado do múnus de pároco e é então que será nomeado o Excelentíssimo senhor Cónego Luís Alberto Martins de Carvalho acumulando o encargo com o pároco de Nossa Senhora de Fátima, sendo para isso auxiliado pelo Ver. Padre António Faustino e pelos Padres Seseca e...
A 11 de Novembro de 2018 toma posse o atual pároco ajudado pelo Ver. Padre Michael Valiyamurathankal que vêm viver na casa paroquial juntamente com o Excelentíssimo Senhor Cónego João Maria Félix da Costa Seabra.